Redes Sociais e Aprendizado: A Visão de Ivone Profeta Félix sobre os Jovens na Era Digital

Redes Sociais e Aprendizado: A Visão de Ivone Profeta Félix sobre os Jovens na Era Digital


Foto: André Coelho

Professora Ivone Profeta Félix analisa o impacto das plataformas digitais na rotina de estudos, no comportamento social e no desenvolvimento intelectual dos alunos.

Por André Coelho

Na era das redes sociais, onde TikTok, Instagram e X (antigo Twitter) moldam as interações diárias, os jovens têm explorado novas maneiras de aprender e se conectar com o mundo. O impacto dessa mudança foi tema de uma conversa com Ivone Profeta Félix, professora de Português para o ensino fundamental e médio em Naque, que compartilhou sua perspectiva sobre como as redes sociais têm influenciado a educação e o comportamento da juventude.

Segundo Ivone, as redes sociais podem ser ferramentas poderosas no aprendizado, mas exigem cautela. "Os alunos trazem informações vistas nas redes para as aulas, o que pode enriquecer o debate, mas muitas vezes essas informações vêm descontextualizadas ou incompletas", explicou. Ela enfatizou que, enquanto as redes oferecem acesso rápido a uma ampla gama de conteúdos, nem sempre há uma curadoria adequada, o que pode gerar superficialidade e confusão na compreensão dos temas.

Quando questionada sobre os impactos emocionais e sociais, a professora destacou um ponto preocupante: a comparação constante. "Os jovens estão expostos a uma enxurrada de vidas 'perfeitas' e conteúdos que nem sempre refletem a realidade. Isso afeta diretamente a autoestima e pode criar um ambiente de pressão desnecessária, até mesmo nos estudos."

Ainda assim, Ivone acredita no potencial transformador das redes sociais quando utilizadas com propósito. "Plataformas como o YouTube, por exemplo, trazem ótimas aulas complementares, enquanto o TikTok pode ser um espaço criativo para aprender de forma descontraída. O segredo está no equilíbrio e na orientação para separar o que é relevante do que é apenas distração."


A entrevista reforça um ponto fundamental: as redes sociais têm o potencial de complementar, mas não substituir, as fontes de pesquisa tradicionais. Cabe aos jovens e educadores trabalhar juntos para transformar essas ferramentas em aliadas no processo de aprendizado, usando-as para ampliar horizontes e promover discussões significativas.


A entrevista completa está disponível no vídeo abaixo.