Foto: Arquivo Pessoal
O uso contínuo das redes sociais tem moldado o comportamento e o bem-estar emocional de jovens em todo o mundo. Enquanto oferecem benefícios, como maior conectividade, essas plataformas também trazem riscos significativos à saúde mental.
Por André Coelho
Com a internet cada vez mais presente na rotina dos jovens, as redes sociais têm assumido um papel central em sua socialização, lazer e até aprendizado. Apesar de seus benefícios, como a ampliação do acesso à informação e a criação de novos espaços de expressão, o uso intensivo dessas plataformas tem levantado preocupações sobre os efeitos na saúde mental.
A relação entre jovens e redes sociais
A psicóloga Jussara Ferreira, especialista em saúde mental da criança e do adolescente, destaca que as redes sociais podem ser uma faca de dois gumes. Por um lado, proporcionam conexões e oportunidades de aprendizado. Por outro, expõem os jovens a um ambiente que pode ser prejudicial à sua estabilidade emocional.
“As redes sociais têm um impacto direto na saúde mental dos jovens, pois criam um ambiente de comparação constante. Muitas vezes, o conteúdo que eles consomem retrata realidades distorcidas, levando à sensação de inadequação e baixa autoestima”, explica Jussara.
Sinais de alerta para o uso excessivo
Identificar quando o uso das redes começa a prejudicar o bem-estar emocional é fundamental. A psicóloga aponta alguns sinais de alerta que pais e educadores devem observar:
Alterações de humor: tristeza, irritação ou ansiedade após o uso das redes.
Isolamento: redução das interações presenciais em função do tempo online.
Queda no rendimento: dificuldades escolares ou falta de interesse em atividades antes prazerosas.
Segundo Jussara, o diálogo aberto é essencial para compreender como os jovens se sentem e ajudá-los a estabelecer limites saudáveis para o uso das plataformas.
A influência na autoimagem e autoestima
A autoimagem e a autoestima são áreas particularmente vulneráveis no ambiente digital. Jussara enfatiza que a exposição constante a padrões de beleza e sucesso idealizados pode levar os jovens a desenvolverem uma percepção distorcida de si mesmos.
“O adolescente ainda está em formação, tanto física quanto emocional. Quando ele se depara com padrões irreais nas redes, pode se sentir pressionado a se adequar, o que impacta negativamente sua autoestima. Isso pode desencadear quadros de ansiedade, depressão e até distúrbios alimentares”, alerta.
Jussara respondeu sobre estratégias para promover o uso saudável das redes sociais e a importância de estabelecer um equilíbrio entre o mundo digital e as relações offline. Assista ao vídeo para saber mais sobre como apoiar os jovens nesse processo de adaptação ao universo digital.
Concluindo
A relação entre jovens e redes sociais exige atenção. Apesar das vantagens, o impacto emocional negativo não pode ser ignorado. Pais, educadores e os próprios jovens precisam estar atentos aos limites e às escolhas digitais, buscando sempre um equilíbrio que promova a saúde mental e o bem-estar.